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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

TDAH- Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade



As crianças hiperativas,são um caso em que um conjunto de profissionais devem ser requisitados. Psicopedagogos, pedagogos, psicologos especializados em TDAH, Neuro-psiquiatra.
Tratamento mais indicado
A pessoa com TDAH precisa aprender a conviver com este transtorno, fazendo as acomodações necessárias ao longo da vida. Por isso a grande importância de um diagnóstico correto precoce, que possibilite à criança ter um atendimento adequado o mais cedo possível. Atualmente a maneira mais eficiente de tratar o TDAH é adotando um procedimento multidisciplinar, isto é, coordenando um trabalho que envolva pais e profissionais das áreas médica, de saúde mental e pedagógica. Isso significa, em primeiro lugar, um conhecimento real quanto à natureza do TDAH, em desenvolver estratégias próprias na administração do comportamento na casa e na escola, em um programa pedagógico adequado, em terapia individual ou familiar, segundo o caso, e, se necessário, o uso de medicamento indicado por neurologistas, que podem utilizar-se de técnicas modernas para avaliar a função cerebral, por meio de exames de neuroimagem e testes neurológicos.

Algumas características muito comuns entre as crianças que apresentam esses transtornos, como a alta carga emocional e de energia colocada em suas ações, e espontaneidade e a criatividade, podem representar vantagens em ambientes que requerem menor estruturação, como por exemplo, no meio artístico.

Medicamento: quando utilizar?
Uma grande polêmica em torno do uso do medicamento Ritalina foi anunciada nos Estados Unidos, em 2001, por Hillary Clinton, que manifestou preocupação com relação ao uso abusivo do medicamento em crianças menores de 4 anos. A Ritalina é um estimulante que atua no córtex cerebral e que inibe áreas responsáveis pela agitação. A conseqüência disso é que, pela rapidez com que atua, proporciona uma melhora no comportamento, na capacidade de concentração e facilita o aprendizado. Contudo, a indicação de uma medicação deve sempre levar em conta os riscos e benefícios, portanto somente deve ser prescrita quando bem indicada, e segundo a ética médica do profissional.

Algumas dicas para os pais
Ensinar seus filhos a pensar no impacto que seu comportamento tem sobre eles mesmos e os outros. Convidá-los a pensar em possíveis soluções. Esse processo é parte de como ensinar crianças a tomar decisões mais acertadas.
Falar demais é o erro mais comum cometido pelos pais. Cutucar, lembrar, repetir ordens e falar mais de uma vez para fazer isto, não fazer aquilo cria ressentimento tanto nos pais quanto nos filhos. A correção é uma arte útil que convida à cooperação.
Quando um problema de comportamento acontece, confrontar a criança é uma importante e poderosa ação e deve ser usada para aumentar a harmonia familiar. Corrigir sem criticar é um aspecto importante para a orientação eficiente da criança. Fortalece o amor do filho pelos pais e aumenta a sensação de segurança emocional no relacionamento.

A visão Homeopática do TDAH
O Dr. Antônio Carlos Silveira Rezende é pediatra homeopata, orientador de Ensino da Fundação de Estudos Médicos Homeopáticos do Paraná-Curitiba desde 1987, autor do livro "Pediatria Sob Visão Homeopática".

Após ler um artigo publicado na revista Veja, em 1994, em que aparecia a concentração de crianças hiperativas, com déficit de atenção, com resultados terapêuticos pouco satisfatórios, intensifiquei a análise das informações que tinha dos meus pacientes nas mesmas condições e observei que estavam apresentando melhoras significativas com o tratamento homeopático. Investi na minha pesquisa e atualmente estou desenvolvendo uma dissertação de mestrado sobre o tratamento homeopático em crianças hiperativas.

Para recorrer ao tratamento, os pais devem estar atentos ao comportamento de seus filhos. O sinal mais importante é a dificuldade que a criança tem de manter-se parada (casa, escola, clube, igreja, parques, dormindo, vendo TV etc). Os sintomas são mais comuns entre meninos do que em meninas (5:1).

Em minha dissertação de mestrado, farei um questionamento da possibilidade de utilizar os medicamentos homeopáticos que possuem características semelhantes às que definem hiperatividade, bem como os sinais raros, peculiares e característicos dessas crianças, com a finalidade de produzir um equilíbrio geral nas mesmas, pois, na visão homeopática, a hiperatividade seria uma manifestação do desequilíbrio do ser.

É evidente que, em se tratando de crianças com essas alterações no comportamento, utilizo também os Critérios de Diagnóstico das Crianças Difíceis, inclusive para poder diferenciar inquietude em crianças de crianças hiperativas.

Principais Sintomas
Os critérios listados abaixo são utilizados oficialmente para a definição do diagnóstico de TDAH em crianças e adultos tanto no Brasil como no resto do mundo.
Duração mínima de seis meses dos distúrbios em pelo menos oito dos critérios seguintes:

1. Mexe mãos e pés constantemente.
2. Dificuldade em permanecer sentado
quando exigido.
3. Facilmente distraído por estímulos
externos.
4. Dificuldade de aguardar sua vez em
jogos ou grupos
5. Deixar escapar respostas às perguntas
antes que sejam completadas.
6. Dificuldades em seguir instruções
de outros.
7. Dificuldades em manter atenção em
tarefas ou atividades recreativas.
8. Freqüentemente muda de uma
atividade incompleta para outra.
9. Dificuldade em brincar em silêncio.
10.Fala excessivamente.
11.Interrompe os outros, intromete-se
em jogos, etc.
12.Parece não escutar o que lhe é dito.
13.Perde as coisas necessárias para suas
tarefas ou atividades na escola/casa.
14.Freqüentemente se engaja em
atividades perigosas fisicamente, sem
considerar as possíveis conseqüências.


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Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade

RECLAMAÇÕES

“Meu filho não para quieto, não para nem para comer. Na sala de aula fica se remexendo na
cadeira, levanta sempre e não para, pula, grita. Na hora de fazer o dever de casa é a mesma
coisa, se mexe o tempo todo, o material caí, a lição fica por fazer. Ele está sempre a “mil por
hora” e só “desliga a bateria” quando dorme. Já fui chamada na escola três vezes este mês.
Ele não presta atenção em nada, vive no “mundo da lua”, brinca o tempo todo. Já botei de
castigo, bati, gritei, tirei a televisão e o videogame do quarto... Nada funciona. E ainda por cima
tem gente que acha que á a mãe que não sabe dar educação ao filho!”


Histórias como esta se repetem diariamente em consultórios médicos e psicológicos e o
grau de sofrimento e desgaste de pais, educadores e da própria criança são incalculáveis. O
TDAH é um dos transtornos comportamentais com maior incidência na infância e na
adolescência. Pesquisas realizadas em diversos países revelam que o TDAH está presente
em torno de 5% da população em idade escolar. Trata-se de uma síndrome clínica
caracterizada basicamente pela tríade sintomatológica: déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Na maioria dos casos, as pessoas com TDAH são inquietas – não permanecem paradas
nem sossegadas por muito tempo e detestam coisas monótonas e repetitivas, além de serem impulsivas no seu dia-a-dia. São pessoas que vivem trocando de interesses e planos e temdificuldades em levar as coisas até o fim. A criança pode apresentar-se inquieta, não conseguindo permanecer sentada, abandonando sua cadeira em sala de aula ou durante o almoço de família. Está sempre “a mil por hora” ou como se estivesse “ligado em uma tomada de 220 volts”, fala em demasia e dificilmente brinca silenciosamente, estando sempre gritando.
Os pacientes com este diagnóstico apresentam prejuízos no desempenho acadêmico e social,pois têm dificuldade em organizar-se, manter atenção em sala de aula, realizar deveres escolares ou permanecer sentados ou quietos.

As causas do TDAH ainda não estão bem estabelecidas. Acredita-se em uma origem
que envolve diversos fatores, sendo que o mais importante deles seria a herança genética.
O diagnóstico do T.D.A.H. é essencialmente clínico. Não existem exames laboratoriais
ou de imagem que faça o diagnóstico. A investigação do TDAH envolve detalhado estudo
clínico através de avaliação com os pais, com a criança e com a escola. Escalas de avaliaçãopadronizadas para pais e professores podem ser utilizadas. A avaliação com pais deve abranger uma história detalhada de todo o desenvolvimento da criança ou adolescente contendo desde a história gestacional da mãe até os dias atuais.
O TDAH caracteriza-se por uma combinação de dois grupos de sintomas que devem
ocorrem frequentemente.
1. Desatenção;
2. Hiperatividade e impulsividade.
Os sintomas de desatenção:
 Prestar pouca atenção a detalhes e cometer erros por falta de atenção,
 Ter dificuldade de concentração (tanto nas tarefas escolares quanto em jogos e
brincadeiras)
 Parecer estar prestando atenção em outras coisas numa conversa.
 Ter dificuldade em seguir as instruções até o fim ou deixar tarefas e deveres sem
terminar.
 Ter dificuldade de organizar-se para fazer algo ou planejar com antecedência.
 Demonstrar relutância ou antipatia em relação a tarefas que exijam esforço mental por
muito tempo (tais como estudo ou leitura)
 Perder objetos necessários para realizar as tarefas ou atividades do dia-a-dia.
 Distrair-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo com os próprios
pensamentos. É comum que pais e professores se queixem de que estas crianças
parecem “sonhar acordadas”.
 Esquecer coisas que deveria fazer no dia-a-dia.
Sintomas de hiperatividade/impulsividade:
 Ficar mexendo as mãos e pés quando sentado ou mexer-se muito na cadeira.
 Ter dificuldade de permanecer sentado em situações em que isso é esperado (sala de
aula, mesa de jantar, etc).
 Correr ou escalar coisas, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes
e adultos pode restringir-se a uma sensação de inquietude por dentro).

 Ter dificuldade para manter-se em atividade de lazer (jogos ou brincadeiras) em
silêncio.
 Parecer ser “elétrico” e a “mil por hora”.
 Falar demais.
 Responder a perguntas antes de elas serem concluídas. É comum responder uma
pergunta sem lê-la até o final.
 Não conseguir aguardar a sua vez (nos jogos, na sala de aula, em filas etc.).
 Interromper os outros ou intrometer-se nas conversas alheias.
Existem três tipos de TDAH:
1- Forma predominantemente desatenta, quando existem mais sintomas de desatenção.
Esta é a forma mais comum na população em geral.
2- Forma predominante hiperativa/impulsiva, quando existem mais sintomas de
hiperatividade e impulsividade.
3- Forma combinada, quando existem muitos sintomas de desatenção e de hiperatividade
e impulsividade. Está é a forma mais comum nos consultórios e ambulatórios,
provavelmente porque causa mais problemas para o próprio portador e para os demais,
o que leva os pais a procurarem ajuda para o filho.
Embora os sintomas possam estar presentes desde muito cedo, quanto as crianças entram
na escola, costumam tornar-se mais evidentes por volta dos 7 anos.
Atualmente, sabe-se que é muito comum a existência de problemas emocionais em
conjunto com TDAH. Aliás, o próprio TDAH é classificado como um transtorno psiquiátrico e não como um transtorno neurológico. As crianças portadoras de TDAH apresentam mais problemas psicológicos que as crianças apenas portadoras de dificuldades escolares (por outras razões), mas que não tem TDAH. Baixa auto-estima, oscilações grandes do humor,sensação de fracasso e instabilidade nas relações com os demais colegas são as queixas mais freqüentes.
Crianças com TDAH não diagnosticadas e não tratadas apresentam uma série de prejuízos
no decorrer dos anos. Inicialmente ocorre um baixo rendimento escolar, a criança não
consegue acompanhar sua turma, sendo muitas vezes até reprovada. Perda da auto-estima,tristeza, falta de motivação nos estudos e prejuízos nos relacionamentos sociais podem desencadear episódios depressivos graves. Durante a adolescência, os prejuízos acadêmicos e sociais acarretados podem facilitar abandonos escolares e de faculdade ou propiciar o início
do uso abusivo de drogas e álcool. Possivelmente esses jovens virão a tornar-se adultos inseguros, pouco habilidosos socialmente, com menos anos de educação, trabalhando nos piores empregos e com maiores dificuldades de serem absorvidos pelo mercado de trabalho.
O TDAH é um transtorno muito comum e também muito prejudicial ao desenvolvimento
emocional, acadêmico e social. Por isso, é importante que pais, professores, pedagogos,psicólogos e médicos sejam capazes de identificar os sintomas. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, mais facilmente evitamos as consequências negativas.
O tratamento pode ser feito de forma interdisciplinar (com vários profissionais diferentes trabalhando em equipe), com orientação aos pais e professores. A orientação aos pais vai
facilitar o convívio familiar, não só porque ajuda a entender o comportamento do portador de TDAH, mas também porque permite ensinar técnicas que auxiliam no manejo dos sintomas e na prevenção de problemas futuros.
É importante para os pais perceberem que as crianças hiperativas entendem as regras,
instruções e expectativas sociais. O problema é que elas têm dificuldade em obedecê-las.
Esses comportamentos são acidentais e não propositais. Por isso, não devem culpar o seu filho por ele ser assim, isso só será pior para ele!
É preciso estar preparado para descrever, de forma precisa e objetiva, o comportamento do seu filho em casa e nas atividades. Se a criança está encontrando dificuldade na escola, é
necessário pedir ao professor que converse com o médio ou envie um relatório por escrito.
No tratamento da criança hiperativa, a meta é ajudá-la a fazer o melhor possível, em casa,na escola, e com os amigos. Os pais devem lembrar-se de que o filho está lutando com todas as forças para superar uma deficiência do sistema nervoso. Explique, se preciso for, mas não se sinta envergonhado ou culpado quando seu filho não se comportar bem.

Daniela Demski Adário
Psicóloga - CRP 07/17367
Avenida Sete de Setembro, 431. Sala 603 Ed. Sanenge - CEP 99700-000 - Erechim - RS
Fone (54) 9182-6193 Site: www.serpsicologia.com.br

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